segunda-feira, 12 de julho de 2010

EFEITOS DE MODULAÇÃO





Estão inclusos no grupo efeitos como: CHORUS, FLANGER, SIMULADORES DE LESLIE, PHASER, VIBRATO/TREMOLO, RING MODULATOR, etc.
Se formos contar de verdade esse grupo pode ficar gigante se começarmos a contar efeitos vindos da combinação de outros de modulação já existente.
 A categoria de modulação trabalha dentro do principio de dobra de sinal, alteração na freqüência, alteração da afinação, alteração da amplitude, alteração na fase do sinal.


CHORUS:

Para entendermos como funciona um chorus, vamos imaginar a seguinte situação: se dois guitarristas tocam o mesmo acorde/nota ao mesmo tempo várias vezes, os dois sons gerados por eles vão ter um certo atraso gerado pela diferença execução existente entre um guitarrista e outro, os dois sons estarão sutilmente desafinados, visto que cada guitarrista tem sua “pegada”, e também os sons estarão diferentes devido aos equipamentos serem diferentes (mesmo se for da mesma marca e modelo, nenhum equipamento é igual a outro, nem que essa diferença seja sutil, mas existe). O chorus faz exatamente isso, só que eletronicamente. O atraso gerado geralmente é algo em torno de 20ms e 30ms e esse atraso é somado à onda original, gerado pela guitarra.
Este atraso é levemente desafinado pela variação de velocidade da onda. Imagine dois toca fitas tocando junto só que um deles têm uma leva variação de velocidade, isso gerará uma desafinação e quando os dois forem somados haverá um Chorus.

A variação de velocidade da onda é gerada pelo LFO (Low Frequency Oscilator) – oscilador de baixas freqüências. Variando sua velocidade, o LFO faz mudanças em freqüências muito baixas, fazendo uma leva desafinação no sinal que é dobrado.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:

Depth – controla a profundidade da onda dobrada, acentuando ou atenuando a desafinação.
Rate / Speed – Controle de velocidade da oscilação, o distanciamento da afinação (pitch) original.
Outros – os chorus modernos possuem outros recursos como Volume do efeito, Tone para dar mais um brilho no efeito e até um botão (no caso do Ibanez CF-7) chamado 10ms que atrasa mais 10ms do sinal já atrasado. Mas o que comando realmente o chorus é o Depth e o Rate, qualquer outro botão é recurso adicional.

FLANGER:


 Inicialmente o principio de funcionamento é igual do chorus (dobra + atraso + desafinação + sinal original), mas quando esse chorus foi soar, pegaram essa saída e jogaram novamente na entrada, ou seja, pegaram o sinal que ia sair de um chorus e realimentaram ele, jogando esse sinal na entrada novamente. Então o sinal é tratado como chorus e volta para um segundo tratamento causando um efeito de “redemoinho” ou de “avião a jato”.
Na verdade esse efeito acontece devido a realimentação do sinal que provoca o cancelamento de algumas freqüências criando a sensação de decaimento e aumento em alguma delas. O flanger permite então vários ajustes, desde um chorus comum (é só deixar o botão Res ou Resonance ou Feedback no zero e ajustar o Depth e o Rate) passando por sons metálicos com ambiências reflexivas a dimensões pequenas (algo como um cano d’agua) até o som de aviões a jato.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:
Depth – controla a profundidade da onda dobrada, acentuando ou atenuando a desafinação.
Rate / Speed – Controle de velocidade da oscilação, o distanciamento da afinação (pitch) original.
Res / Resonance / Feedback / Regen – esse é o responsável pela quantidade de sinal que realimentará o efeito, quanto mais realimentação, mais presente será o efeito flanger.
Outros – os flangers modernos possuem outros recursos como Volume do efeito, Tone para dar mais um brilho no efeito e até um botão (no caso do Ibanez CF-7) chamado 10ms que atrasa mais 10ms do sinal já atrasado. Mas o que comando realmente o flanger é o Depth, o Feedback e o Rate, qualquer outro botão é recurso adicional.


PHASER:


Esse é o efeito em que Eddie Van Halen arrebentou, confira o trabalho “Atomic Punk” desse mestre da guitarra. O phase era produzido originalmente gravando e reproduzindo o mesmo sinal em dois gravadores; as variações de pitch e velocidade provocam um efeito (wooshing). Largamente utilizado nos anos 60 pelas bandas psicodélicas, o phaser continua a ser um efeito popular. Esta unidade data de meados dos anos 70.
O interessante resultado sonoro caracterizado neste efeito é obtido da seguinte forma: soma-se à onda original uma onda de mesma freqüência e amplitude, mas com uma variação temporal e linear de fase, o que resulta em uma série de interferências construtivas e destrutivas. O único parâmetro desse tipo de efeito é a freqüência com que varia a fase da onda somada à original.
O efeito de phase emprega atrasos muito curtos na faixa de 1 a 10 ms. Quando o sinal original é atrasado em relação ao sinal repetido ocorre um efeito conhecido por comb filter no qual as frequências cujos períodos estão diretamente relacionados ao tempo de atraso são atenuadas e reforçadas devido ao cancelamento de fase. Efeitos de phase utilizam um determinado número de filtros para gerar o efeito comb. Usando um modulador (LFO) para mover esse filtro dentro de uma determinada região do espectro causa um cancelamento de fases variável dependente das frequências usadas.
A diferença entre phase e flanger é que neste último a atenuação e o reforço das frequências ocorrem em intervalos regulares enquanto que no phase isso depende da disposição dos filtros. Além disso, no phase o espaçamento, a largura e a intensidade (depth) podem ser variáveis. Em geral, flanger tem um efeito no campo das alturas mais pronunciado que o phase.

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:
Rate / Speed - Determina a velocidade com o que o modulador irá varrer ciclicamente a faixa de espectro determinada.
Range - determina essa faixa do espectro a ser varrida pelo modulador.
Outros - filtros, feedback loop.

SIMULADORES LESLIE / ROTARY SPEAKER:


Efeito obtido originalmente com uma caixa acústica girando, o que produz alterações de fase interessantes, principalmente em timbres de órgão e cordas. Esse efeito foi primeiramente gerado pela caixa Leslie, que era muito usada com os antigos órgãos Hammond. Para guitarra esse efeito é algo próximo de um chorus.
Qual a diferença entre caixa Leslie e Rotary Speaker??? Simples. A Leslie é um objeto que possui “falantes” acoplados a um motor. Rotary Speaker é o efeito que gerado pela Leslie, quando os falantes estão girando.


 
VIBRATO / TRÊMULO:


O conceito de vibrato e trêmulo se confundem, na verdade é até caso de muitas discussões. É certo que realmente esses dois itens se confundem, principalmente porque até fabricantes de pedais fazem pedais chamados Trêmulo e pedais chamados Vibrato, mas eu não vou discutir com ninguém mas vou postar aqui minhas conclusões mediante as pesquisas que fiz.
Então, qual é a diferença entre vibrato e trêmulo??? O conceito de vibrato é múltiplas variações de tom, você treme a mão esquerda, como se estivesse fazendo vários bends menores na mesma nota ou treme a sua ponte fazendo o mesmo efeito. Trêmulo é a técnica usada para obter o efeito de Vibrato. Isso mesmo a técnica que consiste em tremer a corda com a mão ou com a alavanca, gerando um Vibrato é exatamente o Trêmulo. Resumindo Trêmulo é a técnica, a execução que tem por resultado o efeito vibrato.
Nos pedais isso não passa de variação da freqüência do sinal. A esse sinal que sofre a variação de freqüência não é adicionado o sinal original como acontece no chorus, flanger, por exemplo.
Existem também versões que apontam que Vibrato é variação de tom (como expliquei acima) e Trêmulo é uma variação periódica de amplitude (como variar periodicamente o botão de volume num aparelho de som). O vibrato pode-se gerado através de um pedal de chorus comum, acentuando o botão "depht" e o trêmulo é possível fazer até mesmo no potenciomêtro da guitarra, abaixando e aumento o volume.

Fica a critério de cada um escolher em qual versão acreditar. Ambas as explicações têm nexo...


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